Ele está em cima do palanque
Como se todos o ouvissem
Imperativos esbraveja
Como se fosse o maestro de uma orquestra
E tivesse em si
A certeza dos instrumentos a lhe ouvir
Mas a natureza corre em outra orquestra
De sons que avessos ao tempo dos solfejos
Faz de si a própria maestra
De pássaros, rios e riachos
E ventos em topos de altas montanhas
E mares revoltos em tempestades
Aqui ele não passa de uma anedota
As altas ondas imponentes
Silenciariam todos seus instrumentos
Sua orquestra soaria como toda descompassada
Pois sua música é vaidade de sentido
Ao som das ondas do mar sob o vento litorâneo
Assim, que tens em ti tolo ser humano
Que acredita guiar todos
Como o Flautista de Hamelin?
O vento ao quebrar um galho árvore
Desdenha de sua baqueta.