
Os medos são limitadores e empecilhos para quem quer muito aprender algo, pareço querer soltar-me de empecilhos de minha própria alma e arriscar-me em um vôo...
A vida parece tão louca e parece que tantas outras pessoas ficaram loucas, não importa mais se se parece louco... apenas quero me soltar da terra, de limitadores de sonhos...
O problema maior é que se pode querer voar da maneira errada, há coisas que levam para uma indignidade humana... há muitas coisas que prendem e limitam... e tenho ultimamente tentado lutar violentamente contra elas, por que desejo me desprender da terra... eu desejo me desprender com toda minha força dos cimentos e das cores cinzas, desejo parar de olhar tanto para o chão à minha volta... eu desejo as colinas, desejo o céu noturno, o diurno...
Eu penso que a bíblia está tentando me tirar dessa visão limitadora em umas duas passagens em Isaías 40:29 a 31 e Colossences 3...
Isso é como uma adrenalina intensa a desejar minhas veias, a desejar ver algo além do comum limitador de uma ave qualquer que não seja uma águia...
Vontade de ter um contato para além dessa selva de pedra... vontade de voar por entre colinas, montanhas e cachoeiras....
Até mesmo a águia tem seus limitadores, mas estes são altos...
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei cimo galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.O camponês comentou:– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.O camponês sorriu e voltou à carga:– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...”
E Aggrey terminou conclamando:
- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.