
Se os vê, enxerga direito
Não sente meu coração
sempre partido, por um mundo desconexo
é assim que acontece
O mundo tece a dor
Com um esmero de se maravilhar
Há tanta confusão
Que não se acha um sentido
A não ser que você o ame
Uma dor sem sentido
Que não começou do início
Nem do meio
Começou deslocada
Dor deslocada e com vertigem
Procuro um sorriso
Um alívio da dor que permeia
como uma substância em água
E alastra-se
Tornando-a em fel
Bebida amarga o mundo oferece-te
e propõe um brinde
Brindemos a dor
A dor de estrondos
A camuflagem
Enquanto a compaixão desnuda
procura abrigo
procura abrigo