
Não, ninguém sentirá o que sinto.
Ninguém verá as angústias que fluem como rio
E secam em amarguras.
Quem entende o quê? Onde? Quando?
Aí você vê a vida correndo,
Ela corre,
Nos ponteiros do relógio,
No fluir dos rios,
E tudo é tão igual como nos ponteiros.
*
Tudo é colocar-te longe de todos,
No juízo demasiado
De quem não entende nada.
Que quer a mudança que só um pouco de amor pode dar
*
Mas fica assim,
A solidão dominando todos os náufragos.
*
Todas as coisas mudaram,
E que sentido fazem?
Tudo deixou de ser como era antes.
Eu vi, mas não percebi,
Como um náufrago da cidade grande.
*
O que você lutou para ter nesse tempo
Que para alguém é tão simples
Não faz sentido agora
No naufrágio do tempo.