14 de março de 2025

Debaixo do sol

Aflitiva vida
Que sempre quer mais de nós
Mais do nosso suor
Nos expreme a cada dia

Essa vida dos homens
Que não nos deixa contemplar as estrelas
Coloca sobre os pescoços nus
Um jugo de ferro

Olhamos o chão sempre
Com o coração apertado 
Prestes a desmaiar
Combalido de sofrimento

Não consegue nem ver
Quem são os feitores que o castiga
E permanece na marcha rumo à morte
Sem saber o que é viver

O pouco de ar que se toma,
É para voltar a ser submergido
Em torrentes de águas sujas

Só quero amar
E me libertar desse jugo
Que me força à vida
Sobrevivida.

Nenhum comentário: