19 de julho de 2025

Lepra

 Minha solidão 

A que se deve, se busquei companhia

Se busquei amizade?

A que se deve o apartar-se se me aproximei?


Tal como leproso, estranho, esquisito

Me viram

Para que é para quem pertenço? 

Exiliram-me.


Estou triste e vejo o absurdo do mundo

A cada dia a violência vivida

E vista infligida no outro 

De quem se esperava acolhida


Assim, me afundo em mim

E me amorteço, e espero

Que minhas fracas preces sejam ouvidas

E essa chama em mim, quase apagada


Reviva, e não me sinta tão apagado

Tão distanciado

E quebrado

Nenhum comentário: