
Tento compreender o que acontece dentro de mim.
Sempre um duelo, sempre uma luta sem fim,
Sempre algo novo a fazer.
Uma esperança e uma desesperança.
Quero sumir no primeiro navio que partir
E assim tentar vida nova,
Estou há tanto tempo distante do mar.
Onde está a voz do mar? Onde estão as vozes da natureza?
Todas se calam.
Todas de tão abafadas e sufocadas desaparecem na cidade grande.
Tudo é cinza e opaco,
Não há beleza.
Há o nojo. Há a ansiedade.
*
Todos nós, distantes do carinho necessário,
Todos nós imunes ao amor.
Por conseqüência, o que é belo passa diante dos nossos olhos
E simplesmente não notamos.
Sempre na clausura da escuridão
Sempre esse carrasco que me apunhala no peito
E a dor é intensa,
Sufoca. Presença de ausência
É sempre assim...
A imagem recorrente
Para lembrar sua prisão.
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