Angustio-me dia após dia
Mesmo o meu prazer
Me castiga
Queria eu que bons momentos
Não acabassem
Mas volto ao meu tédio
Onde minha ansiedade se banqueteia
Queria eu que pouco me bastasse
Mas meu coração é um mar revolto
Que se inquieta e revolve-se
Em si mesmo
Um tolo que anseia
De amor e paz viver
Mas temos nossa parte em lutas e aflições
E de que poderíamos nos queixar.
O paroxismo da vida
Que agudiza-se mais e mais
E seu vértice aperta e ponteia
E na dor voltamos a nós mesmos
Então, anseio pela manhã
Numa noite escura e fria
E a Lua se envergonha
Pois não pertence, hoje,
A romances.
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