4 de janeiro de 2014

Disfarces e engano

Quem disse que ando preocupado com amor?
Quando ele já teve sua cota de lágrimas de mim

Se me força a amargura em meu espírito
Se me força a cada momento a desacreditar
Pra que isso?
Aparece do nada
E foge da minha vida em minha confusão
Que mestre dos disfarces tu és?
Que tipo de feitiço lanças sobre mim?
Para depois fazer me sentir
O cara mais fracassado do mundo
Eu não ligo o mínimo para o que pensam de mim
Quando só tenho vontade de sumir
De sentir a vida em minhas veias
Correndo no fluxo do meu sangue
Ainda que com total risco de vida
Mas o que ofereces é um vinho barato
Da pior espécie
És simulacro para um coração tantas vezes partido
De tanto se partir
Já não acredita que possa ser bem remendado
Por isso pode tirar tudo de mim
Não me importarei
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Noite de ficar pensando?

3 de janeiro de 2014

Tolos boêmios

Quem sabe dizer o que é a solidão
Que metáfora achar para ela
é um lugar árido
Um lugar frio
Estou me sentindo sem carinho
Sem amor
Estou precisando de ajuda
E emudeço
Minha rima se torna pobre
Tamanha miséria de solidão
Não estou reclamando
Apenas preciso de amor
Preciso sair daqui
Desse quarto
Preciso de uma noite estrelada
Olhar para o universo
Contar as estrelas cadentes
Não existe beleza na minha noite
Apenas luzes artificiais
Nos cegamos para o mundo
para as estrelas
Para as pessoas
Somos arrogantes detentores de títulos
Boêmios fracassados
Achando que cantam para a lua
Ou para o mar
A beleza que cantam
é uma caricatura mal feita
De algo que inventamos.