Que rosto lindo passou por minha vida
Que pensamentos de ternura me enterneceram
Pensamentos que nunca se realizaram
Sonhei alto
Quis voar por sobre as nuvens
Sentir a brisa em meu rosto
O raiar de um novo dia em minha vida
Um dia que trouxesse sorrisos e carinhos
Uma flor no cabelo, um amor que não aconteceu
Hoje sou isso que restou de mim
Todo amor não vivido na minha juventude
Toda a espera que joguei fora
Em um momento de escuridão
A ternura fugiu de mim
Ou fugiu do mundo
Que busco eu ao ver de novo seu rosto
Ao ver-te de novo como eras
Ou como eu imaginava que eras
Busco o que nunca tive
Um amor que tanto reconheci
Mas tão estranho e avesso a mim
E caí, várias vezes
E permaneço caído
Com as asas da imaginação terna cortadas
Assolado pela torrencial chuva de solidão
Sem nada que me aqueça
Quando alguém escreve coisas de sua alma expressando-as num papel, expressando-as num texto, se vê num espelho. Essa é a razão desse blog chamar-se Espelho de Tinta. Deixe um comentário seu e obrigado pela visita.
28 de maio de 2016
15 de maio de 2016
Tristezas desse blog
Oi...
Então eu queria escrever aqui algo como que uma explicação. Não que eu necessite me explicar para alguém, mas a questão que quero abordar é o que escrevo aqui.
Muitas vezes o que eu eu escrevo aqui é muito triste devido ao meu estado de espírito no momento em que eu escrevo. Desde minha adolescência escrevo algumas vezes para desabafar em um momento em que não entendo o que estou passando, são meus questionamentos, minhas dúvidas meus porquês.
Às vezes eu mesmo fico impressionado com o que escrevo de triste, impressionado com a tristeza...
Eu escrevo para exorcizar esses demônios que assolam minha mente, se é que posso chamar de demônios. Calma, não acredito que sou endemoninhado, mas são nuvens escuras que nublam meu pensamento e eu procuro me livrar delas quando escrevo.
Não sei se é mais fácil escrever quando estou triste, quando me decepcionei, quando estou perguntando a respeito de algo que pode me esclarecer.
Gostaria de escrever sobre momentos alegres, poesias alegres. Preciso talvez me educar a isso e deixar um pouco de lado minha melancolia, por mais que isso possa às vezes parecer difícil... Acredite é. Vivo constantemente em conflito comigo e com o mundo e isso, muitas vezes, mais me prejudica que ajuda...
Apesar de tudo isso, ainda penso que estou dentro da normalidade. Afinal, como dizem, "de louco todo mundo tem um pouco."
Então eu queria escrever aqui algo como que uma explicação. Não que eu necessite me explicar para alguém, mas a questão que quero abordar é o que escrevo aqui.
Muitas vezes o que eu eu escrevo aqui é muito triste devido ao meu estado de espírito no momento em que eu escrevo. Desde minha adolescência escrevo algumas vezes para desabafar em um momento em que não entendo o que estou passando, são meus questionamentos, minhas dúvidas meus porquês.
Às vezes eu mesmo fico impressionado com o que escrevo de triste, impressionado com a tristeza...
Eu escrevo para exorcizar esses demônios que assolam minha mente, se é que posso chamar de demônios. Calma, não acredito que sou endemoninhado, mas são nuvens escuras que nublam meu pensamento e eu procuro me livrar delas quando escrevo.
Não sei se é mais fácil escrever quando estou triste, quando me decepcionei, quando estou perguntando a respeito de algo que pode me esclarecer.
Gostaria de escrever sobre momentos alegres, poesias alegres. Preciso talvez me educar a isso e deixar um pouco de lado minha melancolia, por mais que isso possa às vezes parecer difícil... Acredite é. Vivo constantemente em conflito comigo e com o mundo e isso, muitas vezes, mais me prejudica que ajuda...
Apesar de tudo isso, ainda penso que estou dentro da normalidade. Afinal, como dizem, "de louco todo mundo tem um pouco."
14 de maio de 2016
Pequenos lutos
Porque deveria eu
Falar sobre ser feliz
Desejar esse luxo à minha alma
Se a tristeza me rodeia de tão perto agora?
Quem sois vós que me julgam por isso
Me julgam por minha alma transparecer
Cada luto, cada desesperança
Só consigo ver almas ao chão duro
Tentando aquecer o pouco de alma que lhes resta
Vês direito o mundo
Vês direitos as guerras
Os lamentos de mães que perderam seus filhos
Como Raquel que não queria ser consolada
Vês com seu olhos as misérias humanas
O quanto estamos presos a ilusões que chamam felicidade
Esperaras tua velhice e falta de forças
Para refletires sobre isso?
Não quero ter esperança
Tenho medo dela
Ou medo de mim
Ou medo dos homens
Estou deprimido, dia após dia
Quero estar sozinho por alguns dias
Dormir e não acordar
Pois todos os dias vejo isso diante de mim
Todos os dias vejo morte e abandono
Todos os dias vejo um pouco de vida
Mas não o suficiente para quebrar
Esse luto que sinto agora.
Se a tristeza me rodeia de tão perto agora?
Quem sois vós que me julgam por isso
Me julgam por minha alma transparecer
Cada luto, cada desesperança
Só consigo ver almas ao chão duro
Tentando aquecer o pouco de alma que lhes resta
Vês direito o mundo
Vês direitos as guerras
Os lamentos de mães que perderam seus filhos
Como Raquel que não queria ser consolada
Vês com seu olhos as misérias humanas
O quanto estamos presos a ilusões que chamam felicidade
Esperaras tua velhice e falta de forças
Para refletires sobre isso?
Não quero ter esperança
Tenho medo dela
Ou medo de mim
Ou medo dos homens
Estou deprimido, dia após dia
Quero estar sozinho por alguns dias
Dormir e não acordar
Pois todos os dias vejo isso diante de mim
Todos os dias vejo morte e abandono
Todos os dias vejo um pouco de vida
Mas não o suficiente para quebrar
Esse luto que sinto agora.
Sobre ilusões
Queria apenas saber
Por que nos iludem com palavras
Tais como felicidade e amor
Por que nos iludem com palavras
Tais como felicidade e amor
O que é essa felicidade
O que é esse amor
Se o homem ao mesmo tempo
Entristece profundamente a alma
Se o homem ao mesmo tempo
Entristece profundamente a alma
Se odeia com ódio profundo
Quem sois vós
Homens que falam de esperança
Vês as ruínas das cidades
Atentai bem às ruínas dos homens
Como falareis de felicidade assim?
Falai e erguei lamentos
Pois sois homens
Estais na terra
Que não lhes é favorável
Por mais que pareça
Que pensais de vosso destino
Oh mais frágil das criaturas
Por que sonhais com a grandeza
Se és pequeno
Quão triste está minha alma
Por não ver o amor reinar
Por ver que há ruinas
Cidades arruinadas em meu coração
Quem sois vós
Homens que falam de esperança
Vês as ruínas das cidades
Atentai bem às ruínas dos homens
Como falareis de felicidade assim?
Falai e erguei lamentos
Pois sois homens
Estais na terra
Que não lhes é favorável
Por mais que pareça
Que pensais de vosso destino
Oh mais frágil das criaturas
Por que sonhais com a grandeza
Se és pequeno
Quão triste está minha alma
Por não ver o amor reinar
Por ver que há ruinas
Cidades arruinadas em meu coração
Deixe-me sentir dor
Não quero ser consolado
Deixai-me na mais profunda escuridão
Não insistais comigo
Não haverá sorriso em meu rosto
Tenho visto todo dia a morte de perto
E me importado
Por isso estou de luto
Deixai-me vós que tudo sabeis
Sobre poesias de belas cachoeiras
Belos vales e montanhas
Deixai-me vós que navegais em mares tranquilos
Meu mar sempre tempestuoso
Desejo profundamente a morte
Pois de morte tenho me cercado
A morte tenho enxergado
Minha melancolia tem se tornada
Pesada a cada dia
Vejo a felicidade como uma ilusão
Que os homens criaram para si
Para tapearem a vida
Que desde o nascimento
Condena-se ao sofrimento
Não celebrai da próxima vez meu aniversário
Celebrai o quanto vivemos
Para chorar
Os lutos contínuos do viver
Haverá um dia feliz na minha vida talvez
Como já houve
Mas não sei se me importarei tanto
Pois cada dia tenho me importado menos.
Não quero ser consolado
Deixai-me na mais profunda escuridão
Não insistais comigo
Não haverá sorriso em meu rosto
Tenho visto todo dia a morte de perto
E me importado
Por isso estou de luto
Deixai-me vós que tudo sabeis
Sobre poesias de belas cachoeiras
Belos vales e montanhas
Deixai-me vós que navegais em mares tranquilos
Meu mar sempre tempestuoso
Desejo profundamente a morte
Pois de morte tenho me cercado
A morte tenho enxergado
Minha melancolia tem se tornada
Pesada a cada dia
Vejo a felicidade como uma ilusão
Que os homens criaram para si
Para tapearem a vida
Que desde o nascimento
Condena-se ao sofrimento
Não celebrai da próxima vez meu aniversário
Celebrai o quanto vivemos
Para chorar
Os lutos contínuos do viver
Haverá um dia feliz na minha vida talvez
Como já houve
Mas não sei se me importarei tanto
Pois cada dia tenho me importado menos.
Ocaso
Não acredito na felicidade
Acredito no asfalto duro da cidade
Onde desamparados deitam
Não acredito nas justiças sociais
De um homem egoísta
Não acredito nos homens
E nas mulheres
Que dizem lutar por algo melhor
Por seus semelhantes
Talvez acredite em suas vaidades
Suas vontades de não ver
Que a vida não lhes é favorável
Não reclame se sou duro
Mas não acredito mais na aurora
O ocaso é mais frequente que se imagina
Não acredito na felicidade
De beijos amorosos
Quando há tantos corações partidos
Sois falsos e não reconheceis
Vosso egoísmo
Haveria Deus que nos salve?
Haveria Deus que salvasse-nos
Do nosso egoísmo?
Queria acreditar na felicidade
Mas quanto mais tento acreditar nela
Me frustro
Sejais solidários com a dor
A dor que não se vê
Mas está em todo lugar
A dor e a morte
O luto
A fuga de tudo
Para a solidão
Que é a existência
Que luz nos ilude no céu estrelado
Minha alma se entristece
Deixai-me
Quero me aquecer nesse fogo
Esquecer de mim
Esquecer do mundo
Onde desamparados deitam
Não acredito nas justiças sociais
De um homem egoísta
Não acredito nos homens
E nas mulheres
Que dizem lutar por algo melhor
Por seus semelhantes
Talvez acredite em suas vaidades
Suas vontades de não ver
Que a vida não lhes é favorável
Não reclame se sou duro
Mas não acredito mais na aurora
O ocaso é mais frequente que se imagina
Não acredito na felicidade
De beijos amorosos
Quando há tantos corações partidos
Sois falsos e não reconheceis
Vosso egoísmo
Haveria Deus que nos salve?
Haveria Deus que salvasse-nos
Do nosso egoísmo?
Queria acreditar na felicidade
Mas quanto mais tento acreditar nela
Me frustro
Sejais solidários com a dor
A dor que não se vê
Mas está em todo lugar
A dor e a morte
O luto
A fuga de tudo
Para a solidão
Que é a existência
Que luz nos ilude no céu estrelado
Minha alma se entristece
Deixai-me
Quero me aquecer nesse fogo
Esquecer de mim
Esquecer do mundo
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