29 de agosto de 2015

Títeres

Hoje quero dizer alguma coisa à minha alma
Quero examinar minhas crenças absurdas
Quero ver minha infância de novo

No fundo somos todos órfãos 
Estamos em ruas solitárias, noturnas
Não temos o essencial, não temos amor
Fizemos um fantoche do amor e nos enganamos

Somos estrangeiros, nossos rostos são estranhos
Nossos pensamentos rotos
Pensamos na modernidade
Acreditamos numa humanidade diferente
Somos filhos de disfarces
Vestimos a roupa ideológica que nos cai bem
E todos os outros não são nada além de plebe

Ah meu coração
Salva-me nesse momento
Apresenta-me ao que verdadeiramente é amor
Pois me cansei desse jogo de títeres

Desse falso se importar 
Dessa desesperada ilusão
Dessa desiludida esperança...