27 de julho de 2017

Adulto?

Às vezes, não sei,
Preciso dizer, em algumas linhas,
O que sinto no meu coração,
E chamo isso de poesia.

Mas por que chamo assim?
Talvez, porque nesse meu coração,
Eu tenho a vaidade de ser um poeta
E me iludo com isso.

Mas sei que minha dor é verdadeira,
Sinto a falta de ser pleno,
Cheio de virtudes, talvez...
Mas reconheço que sou um homem vulgar.

Sinto falta de ser,
Da completude da vida,
Da serenidade de uma manhã
De céu azul.

Sinto falta da simplicidade,
Da eternidade da minha infância.
Mas esse eterno passou,
A expectativa pueril pelo novo, se foi.

Me sinto, ainda estando
De certa maneira longe da velhice
Desvanecendo.

Como faço para ter em mim
Aquela ingenuidade perdida?
Pois estou cansado da malícia
Presente nessa minha vida adulta.