7 de junho de 2007

Compaixão desnuda

Você não vê meus olhos
Se os vê, enxerga direito
Não sente meu coração
sempre partido, por um mundo desconexo
é assim que acontece

O mundo tece a dor
Com um esmero de se maravilhar
Há tanta confusão
Que não se acha um sentido
A não ser que você o ame

Uma dor sem sentido
Que não começou do início
Nem do meio
Começou deslocada
Dor deslocada e com vertigem

Procuro um sorriso
Um alívio da dor que permeia
como uma substância em água
E alastra-se
Tornando-a em fel

Bebida amarga o mundo oferece-te
e propõe um brinde
Brindemos a dor
A dor de estrondos
A camuflagem

Enquanto a compaixão desnuda
procura abrigo

4 de junho de 2007

................ =/ Rascunho ...... =)

Pequeno universo

Eu acho que não vou conseguir viver
Sem escrever
Mas minha vida, a resolução dos meus problemas
Não deve se encontrar nisso

Quero participar de três pequenos mundos
Que já enxergo na página de sonhos
Em minha mente
Rascunhos de uma vida
Estou rascunhando-a

Eu não me encontro no que escrevo
Acho que até escrevo um pouco mal
Não quero ter tanto apreço por mim
Trocaria tudo para viver nesses pequenos mundos
Talvez sejam quatro que são um

Vejo a mim como preso ao chão
Existem sentimentos que me deixam assim
Por isso preciso confiar em Deus
Em seu Filho
Para ter a esperança de viver
pequeninos mundos
Mas um universo inteiro para mim
**
Imagem: Parque do Ibirapuera. Foto retirada de http://www.colorfotos.com.br/sp/ibirapuera.htm

3 de junho de 2007

Tudo novo...

Não vou me acostumar
Com o azul do sol
Ou o amarelo do mar.
Tem algo de genial no sol,
Algo de falante no mar.
O acostumar é tornar velho!
O que há de novo na pobreza?
Só há o velho
Por que o novo transforma.

Por que a curiosidade da infância se finda?
Ela finda?
Por que do medo?
Não vou me acostumar
Com o marrom das folhas
Ou o verde do tronco.
As sensações boas, tão conhecidas
Novas serão.
Um sorriso de mãe,
sempre visto,
como o primeiro.

Foi na infância que perdi a inteligência.
Resolvi perdê-la!
Por que desejo resgatar
Um não-saber
Para resgatar toda curiosidade
por tudo, para que tudo
seja novo.
Eu não quero saber; de nada saber,
Para não me acostumar,
Com o azul no sol
E o amarelo no céu.

Tudo novo
Como uma folha tenra de árvore
verde clarinha.
Quero que tudo seja mágico e correr
como uma criança,
tudo mágico e interessante.

Como a estrela da manhã a se despedir
Por que um novo dia começa.