29 de setembro de 2008

Meu dia...


Ainda te espero
Como uma alvorada que tarda a chegar
Mas ainda te espero
E você há de iluminar
Todo o meu dia
Como um sol de primavera
Mesmo que chegue
Em qualquer outro dia
De qualquer outra estação
Eu te pedi a Deus
E seu nome vai ser assim
Meu rosto não será o mesmo
De hoje em diante
Por que Deus me dará você
Tenho certeza
E como sonhei
Assim sucederá
Em nome do Senhor Jesus Cristo
O Filho de Deus
Que me amou e por mim se entregou
Tão certo como virá alvorada amanhã
Você é o meu dia que está prestes a chegar

Isaías 43:13 Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?

27 de setembro de 2008

Censura


Não tenho por interesse doutrinar ninguém
Há uma só sã doutrina
É muito fácil
Julgarmos os outros
tratar das feridas ninguém deseja
Imagine um médico fazendo um questionário
Sobre a vida de quem acaba de chegar em sua mesa de cirúrgia
Precisando de uma cirúrgia urgente

Não se pode julgar os pensamentos das outras pessoas
Nem pô-los à prova
Ou queremos voltar a idade média
À caça às bruxas
Temos medo de nossas próprias opiniões
Pois vivemos à beira da censura

Quem se importa em salvar
Quando é mais fácil mandar fogo do céu
E consumir quem não nos recebe

Na verdade o mundo se tornou uma ilha
Onde cada um busca pelo pouco suprimento que ali há
E se possível passa por cima do outro
Não se vê bem com os olhos
Isso é verdade

A cada instante que vivemos
vivemos prestes a ser consumidos
Pois como o maior de todos os profetas disse
O amor se esfria
dentro de mim

Falo de mim
Censuro a mim mesmo
E acabo onde comecei

Tempestade de areia


Toda vez que tento te ver
Estou num deserto
e uma tempestade de areia
Não me deixa ver
*
Parece que tudo provoco
Abri minha caixa de pandora
Para me ferir
E encher meus olhos de areia
*
Estou me cegando
Com minhas atitudes
Não sei o que poderia me salvar
Se a angústia me cerca
*
Deus poderia me salvar
Mas como disse
Abri minha caixa de pandora
para me ferir
e cegar-me
*
Como verei em meio a essa tempestade
Semeei vento, como dizem
Que eu colha o que plantei
*
Mão que no meu rosto
Não causaria outra coisa
Se não a vergonha
E uma salinidade em meus lábios
*
Deixe-me colher tudo que semeei
O que semeei? Tudo saiu da minha caixa de pandora
Tudo saiu do meu coração que me engana
Até que meu sonho
Seja uma taça de cristal
Espatifada no chão
*
Escrevo um momento
Que espero passar
Meu coração, desabafa
O que é incompreensível para ele