4 de setembro de 2022

Torpor

Apaixonar-se
Afetar-se pela sensibilidade
Da beleza em ternura
E inocência

Perder-se,
por quantas vezes?

Iludido por meus pensamentos

Então aquela beleza
Se desfaz, tudo se embota
E o coração, mais uma vez ferido
No mesmo lugar

Ele fecha a ferida
E não sente nada mais ali
Ele mesmo entra em um torpor
Que não quer estar

E se comunica
Na sua miséria
Com olhos mortos
Cansados

Tem medo de procurar apenas no corpo
O que encontraria em outro coração
Em outra alma
A chave de uma prisão
Que cada vez se escurece mais

Preciso sair