23 de outubro de 2013

Desvanecente

Sou um tolo,
Lançado na vida e no tempo,
Como quem não acha saída.
Apático, saio e volto a mim mesmo,
A tristeza à porta,
Ansiedade do que não existe ainda,
Perda de tempo.
O tempo voa,
Expande-se no mar e se perde.
O rio do tempo.

Por que não deixo apenas me perder?
Não entendo as lutas diárias,
Não entendo meu propósito,
O busco sempre,
Há?
Por que não encontro?

Propósito de perda,
Propósito de caos.
Chorar o nada,
Pois o nada é apenas ausência
De algo que não se entende,
Não se vê,
Etéreo, desvanecente
Como o ocaso.

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