31 de dezembro de 2014

Trapos

Minhas rimas pobres
São os únicos trapos que carrego comigo
Numa vida tão fria
Difícil de se aquecer
Não tirem de mim
Esses trapos
Preciso me aquecer
Acenda um fogo
Com toda lenha de nossos sonhos
Somos peregrinos de uma terra distante
Exilados em uma terra estranha
Não nos desejam aqui
Não desejam saber quem somos
Nem da nossa busca
Por isso repito
Não tirem de mim
Meus trapos
Minhas pobres rimas
Meus pobres sonhos
Com os quais tento me aquecer
Nessa fria vida

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