18 de outubro de 2016

Isolai, isolai minha alma

Isolai, isolai minha alma

Deixe-me
Deixe-me de canto
Pela sordidez que invadiu minha alma
Deixe-me aqui
Isolado pelos sentimentos de culpa
Que me assolam

Para que atentar para mim?
Alma inquieta por desejos
Existente em um mundo
Impalpável para tudo

Não há carne, não há corpo
Ó contaminação eterna do que foi feito puro
Distorção da vida
Paranóias sempre acrescidas
Em crimes contra inocentes
Gentes sem rostos
Para reconhecer

Desfigurai vosso semelhante
Ó todos os donos do saber e da justiça
Não são vocês os guardiões
De tudo que é justo e puro?
Tens em vossa razão
O salvo conduto
De fazer de vós mesmos
Princípio e fim
Sois vós assim
Como semi deuses
Tão próximos de vosso paraíso

Expulsai do vosso Olimpo então
As almas inquietas
Que como a minha, abatida
Buscam apenas viver
E um coração nessa vida

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