2 de agosto de 2016

Embriagado de passado

Quem acreditaria na dor de um bêbado
Que está embriagado nas próprias dores?
Quem diria algo interessante
A quem tanto se desinteressa?

Acha que sua dor difere da dos outros?
Acha sua dor insuportável?
Como tantos suportam?
Queria também saber
Pois busco uma saída
Sem encontrar

Tenho convivido por muito tempo com essas frustrações
Para mim nada mais tem feito sentido
Afinal esses monstros me acompanham
Todo dia, à noite, os engulo
Eles vivem dentro de mim
Assombram-me cada dia

Certamente entenderias não?
Quantas dores no mundo?
Faz sentido?
Quantas dores sem alívio?


Escrevo coisas sem sentido
Procurando um sentido
Que talvez nunca mais exista
E existiu em um passado
Ou me iludo?

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