27 de setembro de 2008

Tempestade de areia


Toda vez que tento te ver
Estou num deserto
e uma tempestade de areia
Não me deixa ver
*
Parece que tudo provoco
Abri minha caixa de pandora
Para me ferir
E encher meus olhos de areia
*
Estou me cegando
Com minhas atitudes
Não sei o que poderia me salvar
Se a angústia me cerca
*
Deus poderia me salvar
Mas como disse
Abri minha caixa de pandora
para me ferir
e cegar-me
*
Como verei em meio a essa tempestade
Semeei vento, como dizem
Que eu colha o que plantei
*
Mão que no meu rosto
Não causaria outra coisa
Se não a vergonha
E uma salinidade em meus lábios
*
Deixe-me colher tudo que semeei
O que semeei? Tudo saiu da minha caixa de pandora
Tudo saiu do meu coração que me engana
Até que meu sonho
Seja uma taça de cristal
Espatifada no chão
*
Escrevo um momento
Que espero passar
Meu coração, desabafa
O que é incompreensível para ele

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