27 de setembro de 2008

Censura


Não tenho por interesse doutrinar ninguém
Há uma só sã doutrina
É muito fácil
Julgarmos os outros
tratar das feridas ninguém deseja
Imagine um médico fazendo um questionário
Sobre a vida de quem acaba de chegar em sua mesa de cirúrgia
Precisando de uma cirúrgia urgente

Não se pode julgar os pensamentos das outras pessoas
Nem pô-los à prova
Ou queremos voltar a idade média
À caça às bruxas
Temos medo de nossas próprias opiniões
Pois vivemos à beira da censura

Quem se importa em salvar
Quando é mais fácil mandar fogo do céu
E consumir quem não nos recebe

Na verdade o mundo se tornou uma ilha
Onde cada um busca pelo pouco suprimento que ali há
E se possível passa por cima do outro
Não se vê bem com os olhos
Isso é verdade

A cada instante que vivemos
vivemos prestes a ser consumidos
Pois como o maior de todos os profetas disse
O amor se esfria
dentro de mim

Falo de mim
Censuro a mim mesmo
E acabo onde comecei

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