14 de fevereiro de 2011

O titereiro incompassivo


Nem tudo que escrevo aqui é tão eu.
Às vezes parece o meu eu retorcido
Pelo espelho da realidade que enxergo no mundo.
É uma coisa difícil de explicar...

Meu amar enfraquecido,
Meu amar não correspondido,
Meu andar cambaleante
Apesar de sóbrio.

Cambaleio tentando definir
O que sinto e vejo,
Distorcido, derretido
Surreal.

Me perco no psicodelismo da minha alma.
Só procuro definir-me,
Mas quanto mais tentativas
Não consigo entender.

Preciso de salvação
Para meu coração deformado
Exilado na terra da incompreensão,
Sem entender,
Desafinado.

Embaralho-me, dessequenciado,
Para tentar achar apenas um sentido
Para meu eu enfraquecido.
Um titereiro incompassivo
Guiando-me à solidão.
Meu choro por redenção,
Minha fada azul.

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