15 de junho de 2020

Duas estrelas

Hei, olhe agora aqui para mim
Estou sim perdido em um planeta
Na borda de uma galáxia, entre tantas outras
Olho para o céu
Rogando a Deus que Ele me veja
De alguma maneira,
Sei que Ele está lá, e, de fato, me vê

Porque o finito não consegue conter o infinito
Nem meu coração o amor, é grande demais para mim,
E às vezes dói...

Escolhi no Céu duas estrelas para nós
Eu era a de menos brilho
Mas será que você aceitaria?
Será que lembrarei delas?
Não sei em que constelação estão

Afinal quem se preocupa com as constelações?
Se quando acenderam as luzes na Terra
As do Céu vão aos poucos se apagando

E quem sou eu?
Poerinha aqui na Terra
Só um entre oito bilhões
Numa infinidade de vida aqui
E uma infinidade de estrelas sobre a minha cabeça.

Não sei de nada do meu destino
Muito menos elas
E uma infinidade de galáxias...

Ah Senhor do Universo
O que seria a gente?
Mas de onde vemos tudo isso
Senão de nós mesmos?
Nada sou, eu sei,
Mas não deixo de sonhar
E viver meus sonhos.

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