29 de junho de 2020

Escolhendo se importar


   O que vou escrever aqui é muito parco, apenas sobre o que vi do filme, sem muito aprofundamento. Talvez esse seja o ponto alto do filme. A professora enfim confronta os seus alunos que não estão muito interessados em sua aula, lhes mostrando que apesar das escolhas que eles têm não serem melhores ainda são escolhas livres, pois dentro dos limites que eles têm há escolhas que podem melhorar suas vidas ou piorar. A vida muitas vezes não é justa com o leque de escolhas que nos oferece, mas quando ela parece de fato justa?
   Ela escolheu se importar, como ela mesmo diz. Escolher se importar é o que ela faz todo dia como professora, ainda que essa tarefa seja difícil, foi uma escolha. Essa questão envolve nossa vida e uma filosofia chamada existencialista.
   Um dos expoentes da filosofia existencialista foi Jean-Paul Sartre, que disse que estamos condenados a sermos livres. Estamos condenados porque as opções de escolhas não são sempre as que desejamos, somos livres porque ainda temos as escolhas, e são elas que determinarão nossas vidas, e ainda outras escolhas. Ser condenado e um livre é um paradoxo, mas é essa a nossa situação. Somos determinados na nossa existência, porém livres para escolher nessa determinação, o que faz com que as consequências de nossas escolhas não pareçam ser determinadas, porque o resultado não está dado desde o princípio, apenas um vislumbre dele.

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