2 de novembro de 2022

Espaços em branco esperam...

 Por favor,

voltem a escrever nos muros

Doces poesias de esperanças

Hajam verdadeiros amantes

Da vida, de mulheres, amantes eternos

Ao ponto que tudo se revire e contorça

Numa transmutação

Ainda inaudita


Sim, escrevam nos muros solitários e sem pensamentos

Naqueles que são um espaço branco

Nessa vida

Esperando uma palavra,

Transmutada e bailante, feliz

Ou cabisbaixa e triste

Como um grito preso na garganta

atolado de angústias


Não sou poeta

Mas quero ver a poesia

Escrita nos espaços vazios

recados de amor terno

Pensamentos inconfessos

Aprisionados na mente de quem ainda sonha

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