Não quero viver assim
nessa escuridão que insiste a me perseguir
a me rodear
Adentrei a floresta do mundo
E espero sair em campo aberto
Mas vez ou outra
paro de enxergar a luz por entre as árvores
E um pântano lodoso
Quer me manter preso
Aqui nessa escuridão
Sou presa
Ninguém se importaria
Com uma alma solitária
Com uma alma solitária
Que procura incessantemente por socorro
Não ficar atolado nessa sujeira
Nesse charco de lodo
Nesse charco de lodo
Sempre caminho
Com cuidado
Buscando saída
Da densas trevas que procuram me apanhar
Essa escuridão
Essa escuridão
é uma caçadora incansável
Mistura-se em sedução e ódio
E seu bafo em minha nuca
É quente, é um quente umedecido
Não é um deserto, em calor insuportável
É uma brandura que quer sufocar
E no fim me afogar
É uma brandura que quer sufocar
E no fim me afogar
Esquecido em lodo
Caí, quantas vezes?
Me deixem fantasmas de cidades assoladas
E vazias
Quero luz, quero dia,
Apertam demais meu coração,
Sequioso da luz do dia
Me deixem fantasmas de cidades assoladas
E vazias
Quero luz, quero dia,
Apertam demais meu coração,
Sequioso da luz do dia
Da vida
Do ar fresco
Dos campos abertos
Na minha face cansada
De tanto procurar
Do ar fresco
Dos campos abertos
Na minha face cansada
De tanto procurar
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